sexta-feira, 31 de dezembro de 2010

Adeus ano velho...

Acho que, de todas as coisas, a que eu mais desejo para 2011 é leveza. Começando pelo externo, fazendo uma limpeza na bolsa, no carro, no apartamento. Momento Vanusa: hoje eu vou mudar, vasculhar minhas gavetas, fazer limpeza no armário... E aí vamos tentando identificar o que é meu e o que é de outros. Um pouquinho por dia.

 

quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Perguntas 2011

Eu gosto? Eu quero? Eu preciso? Eu uso? Eu posso? Eu consigo? Eu me sinto bem? Eu aguento? E agora na segunda pessoa. E na terceira. Do singular. E ainda temos o plural. Vai dar tudo certo.

                         Laurence Olivier em Hamlet, 1948

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

Vamos indo...

Até que não posso reclamar, acho que estou mais estável do que já estive. Sem dúvida, estou mais feliz do que nunca. A vida ao redor de mim parece que já foi mais difícil. Tem um movimento lento, porém contínuo, para a frente. The big picture vai com o vento. Será que a vida é assim mesmo e pronto? Tantas vezes já pensei assim e depois melhorou muito. Considerando tudo, estou mais para otimista. Sem fogos de artifício, sem grandes arroubos, mas com uma esperançazinha bem lá no fundo. Pay per view.

sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Ho, ho, ho!!!

E as festas chegaram! Eu sei que todos os povos têm seus costumes, seus rituais, mas convenhamos... Há muito que eu não frequento nenhum tipo de igreja e nem penso mais nisso. Mas aí, fim de ano, caem na cabeça da gente as celebrações religiosas em família (sic!). Tenho um pouco de medo. Não pela coisa em si, mas por seus reflexos. Tudo vira uma euforia. Começa a urgência em presentear, comer e beber, cumprimentar, exultar. A multidão sai às ruas, vai às lojas, aos restaurantes, bares, estacionamentos, calçadas, correndo, empurrendo, se acotovelando. E vai deixando um rastro de destruição. Invasões bárbaras! Tudo em pelo menos três vezes sem juros no cartão. Joga para o carnaval. Isso porque ainda não chegamos ao reveillon.

                                                              Gucci Hysteria handbag

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

Remédio caseiro

Ontem cheguei em casa louca da vida. Como nos últimos tantos dias. Depois de horas de trânsito, depois de aguentar aqueles cavernícolas enfurecidos, com aquela chuva que não passa mais, abro a porta. Sou recebida pela minha filhinha, feliz da vida, abanando o rabo. E pela minha amada companheira com uma colher de pau na mão, cheia de massa de bolo de chocolate. Entrei na outra dimensão. É claro que o estômago continuou gritando até a hora de dormir e elas aguentaram um tanto de surto apoplético da minha parte até hoje cedo. Mas não fosse minha medicina doméstica, sabe lá onde eu estaria. Acho que já melhorei um pouco, mas para o ano preciso continuar lutando para me controlar. Por um 2011 mais tranquilo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Me deixa!!!

O mantra de hoje é "se você não tem nada para me dar e/ou não quer receber o que eu tenho para compartilhar, vá embora".
                   Drawing hands, M. C. Escher


segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

HNY!!!

Ai, ai, ai... 2011!!! Eu me lembro, como se fosse hoje, da virada do século. E muito pior. Da primeira apresentação de Marisa Monte em SP. E dos Secos & Molhados, o que era aquilo, meu Deus? Me lembro do meu cabelo azul e das unhas pretas e descascadas. E nem vamos falar do começo, naqueles bares misteriosos, eu lá, sozinha... E quem matou Salomão Hayalla? Quem matou Odete Roitmann? E a escrava Isaura, então, coitadinha? Me lembro da primeira vez em que vi uma televisão em cores, era um concurso de miss universo. Me lembro de outras mudanças de ortografia, do telefone de disco e da primeira apresentação do Fantástico. Me lembro do baile de debutante da minha amiga Patrícia (e do meu famoso vestido longo azul claro), da minha primeira comunhão. Me lembro dos buttons do Snoopy que, nos anos 70, eram o máximo, importados da Disneylândia. E da minha espetacular calça Wanderléa, com listras verticais azuis e vermelhas. Me lembro de quando comecei a aprender a tocar piano, que meus pés não chegavam ao chão e eu tinha uma caixa de madeira para apoiá-los. Eu nem sabia escrever e minha mãe fazia a lição de casa por mim. Ai, ai, ai... 2011!!!

sexta-feira, 3 de dezembro de 2010

220

Gente, eu não me aguento em mim!!! Tô lôca!!! Numa excitação contínua, com um milhão de coisas para fazer e não fazendo nada, andando de um lado para o outro feito uma mosca colérica, esquecendo de tudo, fazendo o mesmo trabalho duas ou três vezes, com raiva de tudo e de todos, respirando muito mal e sem nenhum apetite ou fome, acordando às 5 da manhã e não dormindo mais, lendo meia página e esquecendo tudo na noite seguinte, lavando, cozinhando, bebendo, limpando, com uma dor nas costas e no braço direito que não tem fim, sem falar naquele incômodo quase invisível que já dura uma semana, perdendo os programas da noite porque não consigo nem pensar em ir, matando internamente dezenas (centenas) de pessoas por dia, xingando a não mais poder... E rezando para conseguir mudar isso antes de levar um fora ou de ter um infarto.

                                   Van Gogh, Mulberry tree

quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Stop, look, listen!!!

Eu decidi que até o ano que vem, ou mais, não vou abrir o jornal. Não, não mudou nada, continua tudo muito pesado e feio. É que essas coisas ficam grudando na minha cabeça, consumindo uma energia danada e eu sem poder fazer nada além do que já estou fazendo. Dia desses eu li que um homem do século XIX aprendia, ao longo da vida toda, o que cabe numa edição do NYT. Achei assustador. Não que eu queira fazer a Pollyanna moça. Eu só quero ler, ouvir música, conversar, dormir. Preciso despoluir minha mente e meu espírito, me equilibrar. Preciso urgentemente de um tempo para contemplação, quero pensar um pouco. O tempo está passando depressa demais.

                                        Explosion, Roy Lichtenstein

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

It has to be you!!!

Ela está por aí. Ora ao meu lado, ora pela rua, ora na sala. Mas está sempre por aí. Eu a conheço, eu a admiro, eu sou apaixonada por ela. É um sentimento novo para mim. Eu gosto do seu cheiro, da sua voz, do seu corpo, do seu rosto. Já faz quase três anos e em nenhum, digo, em nenhum momento eu a estranhei ou desconheci. Em nenhum momento eu quis que ela não estivesse ali. Em nenhum momento eu quis ir fazer minhas coisas, sem ela. Eu quero estar com ela, contar as coisas do dia para ela, ouvir as coisas dela, conversar sobre o nada com ela. Ai, que alívio!!!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Eu vou, eu vou...

Faz uns quinze dias que não durmo bem por conta de uma rinite. A maledetta não me deixa respirar. Ora é o tempo seco, ora é o frio, o calor ou a chuva. Sei lá. Acordo sem ar. Faço um esforço danado para falar. Em todos os sentidos, diga-se. Ai, c´est la fin de la piquée. Me deixa acabada, morta de cansaço e de sono. Nem sei mais o que estou fazendo. Sou os sete anões: Atchim, Zangado, Mestre, Soneca, Dunga, Dengoso e Feliz.


                                                            Walt Disney Productions


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Wisdom

Tenho pensado muito no doutor Ernesto. Todos os dias ele me perguntava as horas. Várias vezes. E não ouvia a resposta. Ficava andando de um lado para outro com seus tremores parkinsonianos e dava um sorrizinho amarelo para quem cruzasse seu caminho. Ficávamos ali na copa, bebendo água ou café, e eu reclamava da vida, falava das manchetes do jornal, dos acontecimentos do trabalho. Ele ouvia calado. E no final, como que para me consolar, vinha a máxima: "tudo inutilidades". E ria aquele riso complacente que os velhinhos têm para os tolos jovens. Eu não estava acostumada, na minha família não tinha homens velhinhos quando eu era jovem e mais tola do que sou hoje. Acho que agora começo a entender o significado daquelas duas palavrinhas.

terça-feira, 9 de novembro de 2010

Começou!

Diz o site do UOL:

09/11/2010 - 18h55

Para Lula, aumento dos salários do Congresso e de Dilma é 'justo'

SIMONE IGLESIAS
ENVIADA A MAPUTO (MOÇAMBIQUE)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou nesta terça-feira que é "justo" e "necessário" o reajuste dos salários do Executivo e do Legislativo.
Lula argumentou que o fim da legislatura é o momento certo de aprovar aumento de salários.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Chove logo!!!

Essa nuvem negra pairando sobre nossas cabeças sufoca e entristece. Não vejo a hora que chova logo tudo o que tem que chover. E como diria Tom Jobim:

"Olha, que chuva boa, prazenteira
Que vem molhar minha roseira
Chuva boa, criadeira
Que molha a terra, que enche o rio, que lava o céu
Que traz o azul!
Olha, o jasmineiro está florido
E o riachinho de água esperta
Se lança embaixo do rio de águas calmas."

Que venha!!!



sábado, 6 de novembro de 2010

Férias

Não vejo a hora. Mas antes, as festas... Ai, vou deixar para pensar nisso na hora. Até lá, vou vivendo às custas das férias de janeiro. Já pensou? Sem relógio, sem roupa, sem carro. Só no banho de rio, banho de mar, banho de sol. Cerveja, pastel, frutos do mar. Silêncio à noite, sossego de dia. Não vejo a hora. Eu e o meu amor.

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Arte

A gente tem que ficar atenta quanto às datas. Então correr para comprar ingressos (a preços extorsivos, mais as taxas de conveniência), com meses de antecedência. Bobeou, esgotou. Quando chega o dia da apresentação, tem que estar disposta, animada. Não se pode beber, senão dá sono, dá vontade de ir ao banheiro no meio do negócio. Tem que sair de casa com bastante folga, nunca se sabe o trânsito, a gente fica nervosa... Chegando lá, procurar um bom estacionamento, não tão caro. Caminhar até a sala de espetáculos e ficar na fila para pegar os ingressos comprados pelo telefone. Ainda bem que não choveu. Aí começam os perfumes. Entrando no lobby, tem que enfrentar o ar condicionado gelado e mais perfumes. A fila do banheiro de última hora, mas é melhor prevenir. A mocinha, sorridente: "posso ajudar?", "por aqui, à esquerda, senhora." Finalmente, a gente senta. Agora é rezar para que aquele altão que está entrando não venha justo para a cadeira à nossa frente. E para que aquela que quis impressionar o bofe com o último lançamento da Carolina Herrera não venha para o nosso lado. Isso quando é poltrona. Senão, são aquelas mesinhas horrendas para duas pessoas onde eles colocam seis. Para otimizar o espaço. Comes e bebes horríveis a preço de ouro. Terceiro sinal, começa. Ssssshhhhhh... Chegam os retardatários procurando seu lugar no escuro. Celulares, celulares, celulares. Só se vê aquele brilhinho da tela piscando por todos os lados. E as pessoas falam, se mexem, tossem, abrem balinhas. Celulares, celulares, celulares. O ar condicionado à toda. Não obstante, muita sainha, muito short, muita alcinha. Se perguntar, a maioria nem sabe quem está se apresentando. Mas sabe que é bacana, é preciso estar up-to-date. E quando acaba, muito aplauso em pé, gritinhos, pedidos de bis, seja lá para o que for. Acabou de vez. Horas para sair da sala, caminhar até o carro, sair do estacionamento. Vamos jantar? Ainda bem que foi lindo.

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Cosa nostra

Acabo de ver na capa do UOL que, segundo a revista Forbes, Dilma Roussef é a 16a. pessoa mais poderosa do mundo. Quais serão os parâmetros utilizados pela revista para fazer tal avaliação? Desde quando um país gigante em dimensões, porém tão pequeno em saúde, educação, desenvolvimento tecnológico, sustentabilidade, ética e otras cositas más dá esse poder a uma pessoa? Ela dormiu joão-ninguém, candidata, e acordou presidente (a), dona do mundo? Terá sido ungida? Só sei que nada sei.